terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Jarro de Almas



Meados dos nossos milênios,
Nossos corpos são jarros síncronos,
Receptáculos de almas em rosas
Mergulhadas em caráter líquido
Até o pedúnculo...

Meados dos nossos séculos
Alguns jarros se corrompem,
Algumas trincas não coagulam.
O Jarro chora e as rosas murcham...
Alguns cacos Jamais serão de novo Jarros.

Meados do nosso silêncio
Se faz agora, H hora, hora H,
Alguns jarros contaminam-se de colônia suja
O nojo derrete a louça
E outros cacos jamais se colam...

Um comentário:

  1. "E outros cacos jamais se colam"
    Mais uma vez fantástico. Talvez voce tenha descoberto a etimologia da palavra agora (h hora) rsrsrs. Continue à todo vapor, meus olhos agradecem, meu senso poético? nem se fala...

    By: Eliz Moraes

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