quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Globalização




“Tradição Desde as Grandes Navegações
Até a Grande Navegação pela internet.”

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

http://www.concursosliterarios.com.br/home.php

Concurso literário FLIPOÇOS/Amigos do Livro

... Uma dica para quem gosta de participar e concorrer.
É um concurso que irá acontecer na cidade de poços de caldas

Abraços pessoal

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Nós




Os nós que prendem somos nós?

Ou

O “nós” que se prende são os nós?

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Dependência Ou Vida? (haikai)

"Qualquer corpo sem vida
Tem nas mãos
A vida de um corpo qualquer."

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Virgens

Adentra boca e cala plastos virgens,
Suaves suspiros deslizam por nossos corpos suados,
A bruma que tempera o desfrute imortal,
Se disfarça em carícias adentro o ventre que dá acorde a vida.
O véu, a faca, o hímen ligados apenas por um canal.

O olhar da fruta que morde se desfaz em amor,
O teor alcoólico de tua fera dá amor selvagem,
O riso entre as paredes queima com ardor,
O sangue, Baco e Eros por Afrodite agem.
Romeu em ação queima os seios da árvore que frutifica em amém.

E eu, intrépido faço parte deste carnal desejo, censura sensual,
Uma brasileira em nota musical é puro carnaval!






Leandro Landcaster & Pablo Rezende

Jarro de Almas



Meados dos nossos milênios,
Nossos corpos são jarros síncronos,
Receptáculos de almas em rosas
Mergulhadas em caráter líquido
Até o pedúnculo...

Meados dos nossos séculos
Alguns jarros se corrompem,
Algumas trincas não coagulam.
O Jarro chora e as rosas murcham...
Alguns cacos Jamais serão de novo Jarros.

Meados do nosso silêncio
Se faz agora, H hora, hora H,
Alguns jarros contaminam-se de colônia suja
O nojo derrete a louça
E outros cacos jamais se colam...

Poeteatro




Duas da matina eu te assassino,
O palco do poeteatro chamusca as cortinas
Ilumina o batom negro da gueixa!

Volta e meia menos se espera
A luz, a máscara, a árvore de favelas
A ocarina de louça labuta o vento.

Te assassino, o palco, o batom negro
Ilumina e chamusca as cortinas da gueixa,
Duas da matina, eu, poeteatro.

Meia volta labuta máscara,
Menos se espera a ocarina de louça
Nas favelas, árvore de luz!

Entrevista com o poeta mineiro Leandro Landcaster



O poeta sabe fingir, mas não sabe nunca mentir.
Por Eliz Moraes

1) Vamos lá Leandro, começando por uma pergunta bem básica: por que escrever poesias?

Escrevo poesia porque, assim como todo ser humano, preciso expressar meus sentimentos e isto vai além. Escrevo poesia porque sinto que ela trabalha e enobrece a alma do poeta,
e quero ir até o último dia da minha vida expressando e trabalhando isso, porque polir a pedra rara da vida nunca é demais. A vida nunca se satura de ser polida e ela sempre pode ficar mais brilhante do que antes



2) Então a poesia se encarrega de polir a existência?

Pelo menos a minha sim... é importante dizer que a poesia não tem bem nem mal, ela simplesmente é. Há quem use da poesia para escurecer e não polir, ha quem use da poesia para fazer um simples trabalho manufaturado e repetitivo. Eu não penso assim comigo, acho que a poesia tem que me explorar e me diferenciar a todo momento porque se não for assim, não completo os espaços em branco que existem.


3) Escrever é tarefa árdua, que exige incessante trabalho intelectual ou os versos fluem da alma, como muita gente acredita?

As duas coisas. Duas coisas definem o escrever: a técnica e a sensibilidade. Um bom poeta não é aquele que usa apenas uma destas alternativas, mas o que as fazem ter uma perfeita sincronia, ou como diria Humberto Gessinger, uma Perfeita Simetria.


4) O poeta é um fingidor, como afirmava Fernando Pessoa?

Sim... o poeta é um dos maiores fingidores de todas as épocas, séculos, de tudo, mas deve se ter em mente que é o fingimento mais sincero possível, é o fingimento positivo, que traz esperança alegria ao mundo e transforma o sangue na oitava maravilha. O poeta é um fingidor porque a dor aos seus olhos é bela, algo que ninguém mais vê.


5) Qual a relação entre um poeta e um leitor? A mais próxima ou a mais distante possível?

Depende do poeta e depende do leitor
*o poeta que quer por vezes parecer distante é distante
*o leitor desinteressado também, mas quando ambos estão de forma pulsante entre o texto e o olhar de interesse... aí se tornam irmãos quase de sangue.


6) De onde nascem as suas palavras, de algum objeto inspirador?

Sim, minhas palavras nascem das minhas METADES, que não são apenas duas, mas são imensas. “Metade de mim é partida, mas a outra metade é saudade". Apesar de tudo, estas metades são movidas por uma força maior, algo que dá o florescer da poesia em mim, é o que chamamos de amor, já que tudo é feito dele, até mesmo o ódio. Sim, eu e as palavras somos movidos por amor (carnal ou não). "Metade de mim é amor e a outra metade também"



7) Ser só ou só ser?

Ser só é bem Melhor do que só ser, porque quem faz parte do "só ser " vive por viver, já quem faz parte do "ser só" é pelo menos uma pessoa por inteiro. Só mas por inteiro.

8) Jean Valjean seria um guia para o fundo da alma?

Jean Valjean é um guia para o fundo, para o externo e para todas as outras camadas da alma existentes. Victor Hugo retratou neste personagem o peregrino dos altos e baixos caminhos da vida. Jean Valjean era mais que um Andarilho dos caminhos do mundo, da frança. Era alguém que passou pelos caminhos imateriais (bonitos ou tenebrosos) da vida real.


9) Nas palavras de Augusto dos Anjos, “o que importa a mim que a bicharia roa/todo o meu coração depois da morte...”. A morte é mesmo tão banal? Ou é apenas o fim de algo sem inicio?

Esplêndida pergunta! Uma coisa que aprendi nesta vida é que um ciclo não tem início, ou seja, a vida não tem princípio e não estou falando de reencarnação ou algo do tipo, só estou dizendo que nossa vida faria tanto sentido de trás pra frente quanto de frente pra trás. A morte nada mais é do que mais uma fase da vida. Que importa que a bicharia roa-me se a minha alma é que vai estar presente, se é a minha alma que nunca vai apodrecer, se todos são minha alma. A Morte não é banal, é amiga do homem porque é um anjo negro que nos leva pra outro lado do mundo, nós humanos é que temos a mania de associá-la ás tragédias, sendo assim ela não tem culpa, a culpa, o sangue está nas mãos do próprio homem.


Leandro Landcaster é o pseudônimo usado pelo poeta Leandro Lourenço de Almeida, mineiro natural de Varginha. Suas poesias possuem um leve e incrível toque de misticismo associado a termos químicos e biológicos, assim como o poeta Augusto dos Anjos.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Cabe Amore ( Prosa poética)


Apenas fito uma vela no espelho dos desejos contrários e vou buscar o amor que me cabe, o amor que nunca tive e que cabe apenas em uma canastra disforme. Nem por isso ele é pequeno, nem por isso é finito, nem por isso está distante...
Apenas sinto este amor ágape dentro da urna de tudo, grandioso, sincero, mas nunca, jamais único. Sou o divisor das águas de mim mesmo e reparto dois amores ao mesmo tempo. Chrnos que me perdoe, e me perdoe, pois vou lá buscar o amor que me cabe: Maquiavélico ou não, o amor que me cabe.

Gauche

“Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.”
Drummond.




“...E fui torto quando nasci
E em pleno século XXI
Tornei-me D’arc ao invés de Dark.”
Landcaster.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Minhas Mortes de Fênix

Toma Eva, morda esta maçã!
De que lhe cabe tanto temor
Sem que aproveite este corpo de humana?

Morda o fruto, goze esta vida, serpente!



Abaixe esta faca, o sebo e o corte!
Não regozije este temor sádico, negro humor
Pois se não vejo estas nuvens que passam, sou fútil.

Se não aproveito minhas mortes de fênix, não renasço!

Corações Não São de Mármore





Cala, andorinha macabra,
Pousa sobre a sorte alheia, que é mortalha noturna
Saia desta coroa que ladra,
Vade Retro, volta à tua furna!

Não há coração que se parte em caco,
Se tu afias sempre esta navalha,
Ora, Estilhaçá-lo, não farás este ato,
Corações não são como muralhas!

E tu insistes, negra pomba, sempre
A entregar este coração em bandeja
À primeira linda mortal ao seu lado,
Corações não são castelos, não podem ser conquistados!

Voa ave obscura, pelas rapinas da noite,
Ao embriagar sacro das tuas tavernas
O sentimento, a ilusão caminhará ao lado teu como açoite,
Ora, não fugirás, corações não criam pernas!

Corações não são muralhas,
Corações não são castelos,
Mas, sim, adormecem no fogo da palha,
Só se concertam em função dos martelos!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Espaço Sideral


Dê-me um espaço como os astros se dão,
Espaço entre o vácuo e a pluma,
Espaço entre Newton e Shubert’s,
O espaço nos ladrilhos que tropeçam fúteis,
O espaço do teclado do computador.
Há um espaço que me deixa flutuar ao chão
E mesmo que sejam centímetros, são espaços.
A pausa entre um cigarro e outro,
A via láctea,
A brecha do meu olhar,
Nem vácuo, nem ódio,
Apenas almas! (Em quantos espaços)

Beijo Furtado


O furto do beijo
É pura estratégia,
É tática aplicada
Como a de quem entra em guerra!

Ele depende da tua atenção
E da minha sagacidade;

Do seu posto de alerta
E da minha torre de vigia;

De sua defesa
E da minha Ação-Reação.

O furto do beijo é latente
E o beijo roubado só se devolve
Quando o amor fecha as atas
E as farpas dissolve!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Pupila



Quem tão somente se preocupa com a cor dos olhos

E apenas nisto constrói seu templo

Se esquece que a cor do mundo é a verdadeira beleza.